sábado, 2 de junho de 2007

Biotecnologia - Fibra alternativa.


O progresso da civilização tem trazido um sentimento de retorno às origens... Consumidores de várias partes do mundo têm experimentado o desconforto relacionado com tecidos sintéticos, apesar das promessas dos fabricantes de que o tecido vai melhorar e bla bla bla... O sentimento dos consumidores em fazer algo para salvar o planeta, no meio de tantas bombas, ameaças e guerras tem, embora ainda timidamente, feito surgir um mercado para aqueles que optam por vestir apenas fibras naturais ou ecologicamente corretas. (você?) Empresas estão inovando na matéria prima. Apesar de nem todos os processos de fibras naturais isentarem de prejuízo a natureza, é sabido que estas aumentam o bem-estar de quem as vestem. As iniciativas relacionadas à corrida biotecnológica já começaram, e o maior beneficiado deverá ser o consumidor final. Sim, você!!!! À medida que a aversão às fibras derivadas de petróleo como poliéster, acrílico, poliamida e elastano, (as duas últimas são mais conhecidas por seus nomes comerciais nylon e lycra, respectivamente) aumenta, os consumidores procuram fibras mais naturais. A elevação do preço do petróleo é outro fator que tem contribuído para o crescimento da competitividade das fibras naturais. Inúmeras pesquisas têm sido feitas para a transformação de matéria orgânica em fibras tais como: utilizando a polpa da madeira (Tencel), celulose (Lyocell), soja (SPF), milho (Ingeo), polpa de bambu (Bambrotex). Apesar do apelo ecológico à matéria prima, o processo de produção das fibras artificiais ainda é muito poluente, o que não as caracterizam como 100% "amigas da natureza". O que tem chamado atenção de um número cada vez maior de pessoas interessadas em negócios têxteis tem sido o potencial da maconha como fibra têxtil. A planta "cannabis sativa" é uma das mais antigas fibras têxteis: o cânhamo. O seu cultivo é de fácil implementação, o seu beneficiamento não requisita sofistição, e o efeito final do tecido se assemelha ao linho, um dos mais nobres e confortáveis tecidos. A moda do "industrial hemp" (maconha industrial), inicialmente restrita a comunidades alternativas, já está presente em coleções da Adidas, Calvin Klein e Giorgio Armani. A loja anglo-australiana Braintree Hemp na efevercente região de Camden Town, em Londres, é um exemplo claro que a roupa de maconha não provoca nenhum dos efeitos relacionados com a substância ativa da planta original (THC). Na Europa, a maconha comercializada como fibra têxtil vem da planta com baixo teor de THC e as áreas de plantio autorizadas são monitoradas para que não haja a troca da planta "têxtil" pela planta "droga". Além de países do leste europeu, a planta têxtil é cultivada por poucos agricultores na China e na Rússia. Com o aumento da demanda, algumas ilhas caribenhas e a Austrália têm demonstrado interesse no negócio, principalmente por conta de suas condições climáticas e geográficas. Sabemos que essas condições favoráveis existem em várias regiões do Brasil, como o "polígono da maconha", no sertão de Pernambuco. Se substituíssemos essas plantações de maconha ilegal por maconha com baixo THC, poderíamos iniciar um ciclo produtivo de moda natural no Brasil e partir na frente dessa corrida. Alguém se habilita?

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3 Comentários:

Cher disse...

sonho de consumo do chefe

tudo feito de cannabis


=***

Unknown disse...

ê lele hen chefinho

HAHAHA

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