sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O início WEB 3.0 Web Semântica

No início, a web era marcada por sites estáticos, sem interação com os usuários. A primeira grande mudança na forma em que usamos a internet veio com a larga aplicação de sites de comércio eletrônico (e-commerce). Assim, a rede passou a nos oferecer produtos e serviços. Depois veio a fase dos sites de relacionamento e compartilhamento de conteúdos (web 2.0).

Esse cenário nos colocou em uma situação muito complicada: Como organizar a imensa vastidão de conteúdo que se tornou a internet, de forma simples, eficiente e focada em nossas necessidades?

A resposta para esta questão é a “web semântica” - ou, se preferir, a web 3.0.

A principal aplicação da web semântica se refere à capacidade de os sistemas computacionais interpretarem o conteúdo disponível nos sites da internet e conseguir entender de forma diferenciada uma página em que a palavra bala é um doce ou é um projétil de armas. Ou seja, o conteúdo é interpretado de acordo com seu contexto. A forma com o que os sistemas irão executar esse rastreamento e interpretação será com base em mudanças na forma com que as páginas são construídas.

Parece um conceito simples, não? Mas não é tão simples assim. A forma com que essa evolução será conduzida ainda não é totalmente clara, mas é espetacular imaginar esse novo horizonte em nosso dia-a-dia.

Mais que um simples entendimento de palavras soltas – como o exemplo da bala – a web semântica poderá (e deverá) levar em conta cada usuário de forma individual, traçando perfis e procurando entregar ao usuário exatamente aquilo que ele quer, com base no que os sistemas de informação conhecem de seu comportamento.

Um exemplo: Alguém entra em seu mecanismo de busca favorito, procura por hospedagem em Florianópolis. O mecanismo reconhece o usuário, sabe que tem dois filhos pequenos, então irá priorizar no resultado hotéis e pousadas que tenham opções de lazer para crianças.

A web semântica também terá aplicações relacionadas a mídias – publicidade – e serviços. As propagandas apresentadas aos usuários poderão ser direcionadas pela sua localização. Através da integração de sistemas GPS à internet, a propaganda poderá ser direcionada a anunciantes que atendem naquela região. Por exemplo: Você está em casa, e a propaganda da academia do seu bairro aparece quando você está lendo noticias de boa forma em um blog ou site.

Aliás, é importante dizer que a web da qual falo não é apenas esta que acessamos através de um computador - cada vez mais outros equipamentos passam a estar também on-line. Nossos celulares já são minicomputadores portáteis capazes de acessar praticamente todos os serviços na internet. A dimensão da aplicabilidade de uma web totalmente focada no usuário, que leva em consideração fatores como onde o usuário está e o que ele está fazendo (comprando, viajando, andando no parque) é imensa.

Essa nova internet pode não estar tão distante de nós. A compreensão dos profissionais quanto à aplicabilidade das tecnologias para tornar o conteúdo plausível de interpretação por parte dos sistemas está cada vez mais difundida.

Claro que existe um trabalho muito grande para tornar a codificação das páginas acessíveis aos servidores que irão interpretar seus conteúdos e principalmente os serviços que poderão integrar os conteúdos com o perfil de quem os acessa.
Não vou entrar em uma discussão sobre a ética e os limites da nova web com relação a nossa privacidade. Claro que isso deverá ser alvo de muitas discussões e deverão em muitos momentos balizar as decisões de como estas novas tecnologias serão aplicadas.

O que é importante é termos consciência dessa evolução que vem acontecendo diante de nossos olhos e irá causar impacto em nossas vidas em breve.

Internet poderá falar nossa língua?


A Web semântica, uma idéia de extensão para a Web que facilitaria a busca e agrupamento de informações, ganhou um grande incentivo do Consórcio WWW (W3C). O W3C anunciou a publicação da tecnologia de consultas SPARQL, que permite aos usuários se focar na informação desejada e não na linguagem usada pelo computador para fazer a busca em questão.

A W3C garante que o SPARQL atende a diversas necessidades e não apresenta as limitações das buscas locais ou buscas em arquivos específicos. "A SPARQL é a linguagem para buscas de informações na Web semântica", afirmou Lee Feigenbaum, presidente do Departamento de Acesso a Dados do W3C e responsável pela nova tecnologia.

A Web semântica, segundo o consórcio, tem o objetivo de permitir o compartilhamento, união e reutilização de dados globalmente. "A idéia básica da web semântica é usar a idéia da Web - que não passa da união de vários documentos no mundo todo - e aplicá-la nos dados", declarou Feigenbaum. Ian Jacobs, representante do W3C, afirmou que a web semântica ainda servirá como uma evolução dos mecanismos de busca, que varrem apenas documentos texto.

Trouxe a você apenas a ponta do iceberg, já que esse assunto é longo e existe muito “tecniquês” nele. Não quis também entrar nos detalhes técnicos que possibilitam a web 3.0. Gostou do tema? Tem algo a completar sobre o assunto? Os comentários estão abertos, deixe sua mensagem!

Fonte: GDW


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