terça-feira, 7 de outubro de 2008

Talentos Insubistituíveis

Sala de reunião de uma multinacional o CEO nervoso fala com sua equipe de gestores. Agita as mãos, mostra gráficos e olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível" . A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio. Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o CEO se prepara para triturar o atrevido:

- Alguma pergunta ?

- Tenho sim. E o Beethoven ?

- Como ? – o CEO encara o gestor confuso.

- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu o Beethoven ?

Silêncio......

Ouvi essa estória esses dias contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que quando sai um é só encontrar outro para por no lugar.

Quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Dorival Caymmi? Garrincha? Michael Phelps? Santos Dumont? Monteiro Lobato?Faria Lima ? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso?

Todos esses talentos marcaram a História fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem – ou seja – fizeram seu talento brilhar. E portanto são sim insubstituíveis.

Cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Está na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe focando no brilho de seus pontos fortes e não utilizando energia em reparar "seus gaps".

Ninguém lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo, se Picasso era instável, preguiçoso, CaymmiKennedy egocêntrico, Elvis paranoico.

O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos.

Cabe aos líderes de sua organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Se você ainda está focado em "melhorar as fraquezas" de sua equipe corre o risco de ser aquele tipo de líder que barraria Garrincha por ter as pernas tortas, Albert Einstein por ter notas baixas na escola, Beethoven por ser surdo e Gisele Bundchen por ter nariz grande.

E na sua gestão o mundo teria perdido todos esses talentos.


Créditos: Célia Spangher

2 Comentários:

Rômulo Augusto disse...

Olá, gostaria de propôr troca de links com os seguintes blogs:

Super Ligados - http://super-ligados.blogspot.com
Oportunidades Web - http://oportunidadeweb.com
Point do Cinema - http://pointdocinema.blogspot.com
Information and Technology - http://inforandtech.blogspot.com

fico no aguardo, um abraço e sucesso

Anônimo disse...

Realmente, mas acho que as pessoas são substituíveis sim, especialmente em empresas.
Poucas vão ser chefes insubstituiveis, total atreladas ao seu produto.
Bill Gates é diferente de Microsoft, mas Steve jobs é igual Apple! E por aí vai..

Abraços!

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