segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Árvore genealógica do mundo virtual

Tim Berners-Lee, Marc Andreesen, Vint Cerf, Eric Bina, Bob Khan... você sabe quem são estas pessoas? Para os estudiosos da internet, estes são nomes de peso, praticamente lendas de uma comunidade de pioneiros que criou os protocolos e padrões que fazem com que a internet seja o que a gente conhece hoje. Foi pelas mãos de Sir Tim Berners-Lee, por exemplo, que nasceu a World Wide Web (WWW). Pois é pensando em resguardar a memória de criação de um dos mais importantes bens da humanidade que nasceu o projeto WIWIW (“Who Is Who In the Internet World” ou “quem é quem na internet mundial”), espécie de .árvore genealógica em construção da rede mundial de computadores

Oriundo da tese de doutorado do espanhol Andreu Veà e abraçado por ninguém menos que Vint Cerf, evangelista de internet e vice-presidente do Google e um dos criadores do protocolo TCP/IP (ao lado de Bob Khan, citado lá em cima), o projeto começa a ganhar forma e mobiliza centros acadêmicos espalhados por vários países, inclusive o Brasil. A idéia é recriar as histórias por trás da criação de cada braço da internet em diferentes países.

Por conta da pesquisa, Andreu acabou na Universidade de Stanford, onde os estudos prosseguem. Até o momento, a galeria de pioneiros —com entrevistas e imagens — já inclui mais de 750 pessoas apenas dos Estados Unidos e da Espanha.

O projeto já contactou, no entanto, mais de 400 instituições em mais de 22 países, dentre eles Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Costa Rica, México, Nicarágua, Equador, Cuba, Porto Rico, etc. A idéia é buscar de três a cinco nomes em cada país membro da (Organisation for Economic Cooperation and Development, Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OECD).

No Brasil, a equipe que agora toca o projeto já entrou em contato com educadores de instituições de ensino superior e organizações ligadas diretamente à história da internet no país. É o caso da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), por meio do Projeto Rede ANSP. O núcleo Tecnologia da Informação no Desenvolvimento da Internet Avançada (Tidia ) será o responsável por coletar histórias e fazer entrevistas dos pioneiros da rede no País.

“Nossa parceria funciona da seguinte forma: buscamos os precursores da internet no Brasil, eu entrevisto ou fazemos videoconferência; a Verônica (Savignano, jornalista científica) traduz para inglês e envia para ele (Andreu)”, explica Mariana Passos, coordenadora de comunicação do Tidia. “Ele (Andreu) tem um padrão para as entrevistas, e algumas delas publicamos no portal do Nara, que sustenta a Rede ANSP.

A seleção dos nomes e as entrevistas estão sendo realizadas aos poucos. Sabe-se, no entanto, que já há alguma polêmica envolvendo a escolha dos pioneiros. De acordo com dois deles, que preferem não se identificar, montar uma lista desse tipo é importante, mas sempre vai prevalecer o ponto de vista de quem a cria. Ou seja, muita gente pode ficar fora.

Seja como for, a galeria dos pioneiros já começa a ganhar forma, incluindo não só a foto dos centenas de “pais da internet” no mundo como arquivos multimídia, artigos e imagens históricas do trabalho de cada um.

Para participar da galeria, os candidatos a pioneiros devem não só participar das entrevistas como enviar documentos que comprovem sua relação com a rede em seu país. O primeiro passo é se cadastrar junto aos parceiros do projeto (como a Fapesp) ou diretamente no site do projeto WIWIW . Lá também é possível conhecer alguns dos nomes já aprovados.

Fonte: O Globo

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